quinta-feira, 8 de maio de 2025

A Singularidade de Deus: O Único Digno de Ser Exaltado

Os capítulos 18 e 19 de Êxodo revelam aspectos profundos da singularidade de Deus Sua supremacia, santidade e capacidade incomparável de conduzir, instruir e transformar um povo inteiro para Si. No capítulo 18, vemos o encontro entre Moisés e seu sogro, Jetro, sacerdote de Midiã. Após ouvir tudo o que o Senhor havia feito para libertar Israel do Egito, Jetro declara com convicção: “Agora sei que o Senhor é maior que todos os deuses” (Êx 18:11). Essa afirmação, feita por alguém que não era originalmente do povo de Israel, mostra que a singularidade de Deus se manifesta de tal forma que até os povos de fora reconhecem Sua grandeza.

A singularidade de Deus não está apenas em Seus feitos, mas em quem Ele é: um Deus que liberta, que cuida, que orienta com sabedoria. Isso fica claro quando Jetro aconselha Moisés a estabelecer líderes sobre o povo, mostrando que Deus se importa com a ordem, com o cuidado espiritual e emocional de cada um.

No capítulo 19, essa singularidade é elevada a outro nível: o Senhor desce sobre o Monte Sinai. Ali, Ele se revela com trovões, relâmpagos e fumaça, manifestando Sua glória de forma que o povo treme de temor. Deus, o único verdadeiro, deixa claro que não há outro igual a Ele. Ele propõe uma aliança: “Se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal dentre todas as nações” (Êx 19:5). Essa promessa mostra que a singularidade de Deus também se reflete em Seu amor exclusivo e em Sua escolha soberana de um povo para Si.

Mas essa aliança, baseada na obediência, aponta para algo maior: Cristo, o Mediador de uma nova e eterna aliança. O monte fumegante, o temor do povo, a santidade que separava o homem de Deus, tudo isso aponta para a necessidade de um mediador perfeito, e esse é Jesus. Ele não apenas sobe ao monte, mas se entrega na cruz para que, por meio dEle, tenhamos acesso ao Pai.

Enquanto Moisés preparava o povo para encontrar-se com Deus no Sinai, Jesus prepara Seu povo para encontrar-se com Deus na eternidade. Em Moisés, vemos um líder fiel. Em Jesus, vemos o único Salvador. A singularidade de Deus se revela plenamente em Cristo: “Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15).

Portanto, Êxodo 18 e 19 não são apenas registros históricos. São revelações de um Deus único, santo e relacional, que se revela progressivamente até que, em Cristo, nos mostra plenamente Sua face. Não há outro além dEle. Toda glória seja ao Cordeiro.


PASTOR GILMAR RIBEIRO

Nenhum comentário:

Postar um comentário