sexta-feira, 28 de março de 2025

Sabedoria de DEUS, Conduz à Maturidade

A sabedoria que vem de Deus não é algo inacessível ou reservado a poucos. Tiago nos ensina que, quando enfrentamos desafios, devemos pedir sabedoria ao Senhor, pois Ele a concede generosamente, sem nos reprovar. No entanto, há uma condição: a fé. Quem pede sem crer, quem oscila entre a confiança e a dúvida, é como uma onda do mar, instável e sem direção. Deus não quer apenas nos livrar das dificuldades, mas nos tornar maduros, completos, sem nos faltar nada. E isso só acontece quando aprendemos a perseverar.

A vida sempre nos colocará diante de provações. Não conhecemos a profundidade do nosso caráter até sermos testados. É fácil manter um coração pacífico quando tudo está bem, mas o que acontece quando somos tratados com injustiça? Nossa verdadeira essência é revelada nos momentos difíceis. Deus não nos prometeu um caminho sem desafios, mas garantiu que nunca estaríamos sozinhos neles. Ele quer que sejamos fortalecidos, que cresçamos em resistência e fé, que aprendamos a confiar sem hesitar.

Em vez de reclamar das lutas, devemos enxergá-las como oportunidades de crescimento. A dor molda, a pressão aperfeiçoa, a resistência constrói caráter. E quando falta entendimento, o caminho é claro: peça sabedoria a Deus. Ele não apenas mostrará a saída, mas nos dará força para suportar, paciência para esperar e fé para não duvidar. Porque aquele que persevera, esse sim verá o fruto da sua fé amadurecer e florescer.

ORAÇÃO

Eterno Deus, Pai de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, fortalece aquele que lê esta mensagem. Que ele encontre em Ti a sabedoria e a paz que tanto precisa. Guia seus passos, renova sua fé e sustenta-o em cada desafio. Em nome de Jesus, amém.


PASTOR GILMAR RIBEIRO


segunda-feira, 17 de março de 2025

Aqueles que Mentem para Si Mesmos: Louvor de Lábios, Coração Distante

Vivemos dias em que muitos proclamam adorar a Deus, mas apenas com os lábios, enquanto seus corações estão longe dEle. Jesus já advertia sobre essa hipocrisia quando citou as palavras do profeta Isaías: "Este povo se aproxima de mim com a sua boca e me honra com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim." (Mateus 15:8)

A falsa adoração não é apenas um engano para Deus é uma autoilusão. Pessoas que dizem amar ao Senhor, mas vivem conforme os prazeres do mundo, estão, na verdade, enganando a si mesmas. Elas levantam as mãos nos cultos, mas seus corações se inclinam para seus próprios interesses. Cantam louvores, mas suas vidas são uma negação do próprio evangelho que dizem seguir.

Paulo, ao escrever a Timóteo, descreve essa realidade com precisão: "Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela." (2 Timóteo 3:1-5)

Essa é a geração da apostasia, que prefere os prazeres passageiros deste mundo a uma vida de renúncia e santidade. Eles querem um Deus que os sirva, não um Deus a quem precisam servir. Querem um evangelho que os abençoe, mas não um que os confronte. Preferem amizades que os afastam da verdade a uma comunhão sincera com Deus.

O perigo dessa falsa devoção é que ela não apenas engana quem a pratica, mas também contamina a Igreja. Como Jesus disse: "Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus." (Mateus 7:21)

É tempo de autoanálise. Será que estamos apenas adorando a Deus com palavras vazias? Nosso coração está, de fato, rendido a Ele? Ou será que estamos entre aqueles que amam mais os prazeres do mundo do que a Deus?

A verdadeira adoração nasce do coração quebrantado, da vida entregue, do evangelho vivido e não apenas proclamado. Deus não se impressiona com ritos ou belas palavras, mas com corações sinceros e transformados.

Que a nossa vida seja um reflexo do que dizemos crer, para que não sejamos contados entre aqueles que mentem para si mesmos enquanto fingem adorar a Deus.


Oração:

Pai Eterno, Deus de amor, que a nossa adoração não seja apenas de lábios, mas de coração e vida. Oro para que esta mensagem alcance os corações endurecidos e desperte aqueles que ainda não compreenderam o verdadeiro significado do Evangelho. Que a luz da Tua Palavra e a ação do Teu Espírito tragam sobre os corações arrependidos a verdadeira transformação. Ensina-nos a viver em renúncia, entrega e santidade, rejeitando os prazeres deste mundo e buscando a Tua glória acima de tudo. Que sejamos Teus amigos, muito mais do que amigos do mundo. Amém!


PASTOR GILMAR RIBEIRO


sábado, 15 de março de 2025

O SILÊNCIO QUE FALA MAIS QUE PALAVRAS

Jesus suportou injúrias, vergonha e humilhação, mas permaneceu em silêncio. Enquanto Ele estava na cruz, ouviu zombarias de todos os lados: "Salvou a tantos, mas não pode salvar a si mesmo!" (Mateus 27:42) e "Se és Filho de Deus, desce da cruz!" (Mateus 27:40). Ele tinha poder para descer, poderia provar Sua divindade ali mesmo, mas escolheu não provar nada a ninguém. A vergonha dos que zombavam dEle caiu sobre Ele, como profetizado em Salmos 69:9.

Nós, seres humanos, temos um impulso natural de querer responder, de querer provar nosso valor. Quando somos questionados, injustiçados ou desacreditados, sentimos a necessidade de nos justificar. No mundo de hoje, onde a aparência e a opinião alheia parecem ter tanto peso, essa tentação se torna ainda mais forte. Nas redes sociais, no trabalho, na família, queremos mostrar que estamos bem, queremos que vejam nossos resultados, queremos ter a última palavra. Mas Jesus nos ensina outro caminho.

A Bíblia nos ensina que há sabedoria no silêncio. Provérbios 17:27-28 diz: "Quem tem conhecimento é comedido no falar, e quem tem entendimento é de espírito sereno. Até o tolo, quando se cala, é considerado sábio; se fica de boca fechada, passa por inteligente." Isso mostra que muitas vezes o silêncio não é sinal de fraqueza, mas de inteligência e maturidade espiritual. Quando escolhemos ficar em silêncio, estamos demonstrando domínio próprio e confiança no agir de Deus.

Isaías 53:7 reforça essa verdade: "Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca." A maior pregação de Cristo foi Seu silêncio na cruz. Ele não precisou rebater as acusações. Sua ressurreição foi a resposta. Algumas batalhas não são vencidas com palavras, mas com fé, posicionamento e confiança em Deus. O silêncio, muitas vezes, fala mais alto do que qualquer argumento.

O nosso testemunho não precisa de legendas, mas de frutos. O silêncio diante da afronta é um ato de confiança em Deus. Cristo não desceu da cruz para provar quem Ele era. Da mesma forma, nós não precisamos provar nada a ninguém. Nosso papel é viver de maneira que Deus nos justifique no tempo dEle. Quando sentimos a necessidade de responder, de rebater, de nos explicar, devemos nos lembrar de que a melhor resposta é confiar na justiça de Deus.

Se você tem enfrentado momentos em que sente que precisa se justificar, se provar, responder aos que desacreditam de você, lembre-se de Jesus. Ele nos ensina que, muitas vezes, o silêncio é a resposta mais poderosa. Confie no tempo de Deus. Seu testemunho será a sua melhor resposta.

ORAÇÃO

Senhor, ajuda-nos a confiar que o Senhor está no controle de todas as coisas. Ensina-nos a suportar o silêncio com fé, sabendo que o Senhor é o nosso Provedor. Fortalece-nos em cada situação, concedendo-nos graça e misericórdia. Em nome de Jesus, amém.


PASTOR GILMAR RIBEIRO

quinta-feira, 13 de março de 2025

O Arrebatamento e a Grande Tribulação: A Igreja Passará por Esse Tempo?

O arrebatamento é um dos temas mais debatidos dentro da escatologia cristã. Muitos crentes falam sobre ele, mas poucos fazem uma análise bíblica profunda sobre quando e como ele acontecerá. O ponto central da discussão é se a Igreja passará pela Grande Tribulação ou será arrebatada antes. Algumas correntes teológicas acreditam que a Igreja será levada antes do período de sofrimento, enquanto outras afirmam que ela permanecerá na Terra até o retorno de Cristo.

A Grande Tribulação será um tempo de sofrimento sem precedentes sobre a Terra. A Bíblia descreve esse período como um tempo de juízo de Deus, perseguição aos santos e domínio do anticristo. Em Mateus 24:21-22, Jesus afirma que será um tempo de aflição como nunca houve antes. Em Apocalipse 7:13-14, há referência a santos que vieram da Grande Tribulação, o que levanta a questão: a Igreja estará presente nesse período ou será arrebatada antes?

A visão pré-tribulacionista defende que a Igreja será retirada da Terra antes da Grande Tribulação, escapando assim da ira de Deus. Entre os principais argumentos para essa crença, está 1 Tessalonicenses 4:16-17, que descreve o arrebatamento como um evento repentino, no qual os crentes vivos e mortos serão levados ao encontro do Senhor. Além disso, 1 Tessalonicenses 5:9 afirma que Deus não nos destinou para a ira, sugerindo que os cristãos não enfrentarão esse período de julgamento. Apocalipse 3:10 reforça essa ideia ao dizer que Deus guardará os crentes da "hora da provação" que virá sobre o mundo. Lucas 17:34-36 também parece indicar um evento súbito, onde alguns serão tomados e outros deixados. Essa visão argumenta que Deus não permitiria que Seus filhos enfrentassem a ira, então a Igreja será arrebatada antes do sofrimento.

Por outro lado, a visão pós-tribulacionista ensina que a Igreja enfrentará a Grande Tribulação e será arrebatada somente depois, no retorno visível de Cristo. Em Mateus 24:29-31, Jesus afirma que o arrebatamento acontecerá "logo depois da tribulação daqueles dias", sugerindo que os crentes ainda estarão na Terra até esse momento. Apocalipse 6:9-11 menciona mártires que clamam por justiça, mas que ainda precisam esperar, indicando que a perseguição continuará por um tempo. Em 2 Tessalonicenses 2:1-3, Paulo escreve que o arrebatamento só ocorrerá depois da manifestação do anticristo, reforçando a ideia de que a Igreja ainda estará presente durante esse período. João 16:33 também ensina que os seguidores de Cristo sempre enfrentaram tribulações e que esse período não seria diferente. Segundo essa visão, a Igreja enfrentará a perseguição do anticristo, mas será preservada espiritualmente até ser arrebatada no retorno de Cristo.

A visão pré-tribulacionista enfatiza o livramento da ira de Deus, enquanto a pós-tribulacionista argumenta que a Igreja sempre sofreu perseguições e não será diferente na Grande Tribulação. Ambas as visões têm base bíblica, e o mais importante é que os crentes estejam preparados para qualquer cenário.

Jesus nos alerta em Mateus 24:42 a vigiar, pois ninguém sabe a hora da sua vinda. Na parábola das Dez Virgens, apenas as preparadas entraram com o Noivo, mostrando que aqueles que estiverem atentos e fiéis entrarão no Reino. Se o arrebatamento for antes da Tribulação, devemos estar preparados a qualquer momento. Se for depois, precisamos ter fé para suportar perseguições e tribulações. O perigo da negligência é grande, pois muitos vivem como se Cristo nunca fosse voltar.

Se a tribulação começasse amanhã, você estaria preparado para permanecer fiel?


PASTOR GILMAR RIBEIRO 


segunda-feira, 3 de março de 2025

O Perigo do Abandono da Fé

Pastor Gilmar Ribeiro

A fé cristã não é apenas um conjunto de crenças ou regras morais, mas um relacionamento vivo com Cristo. No entanto, muitas pessoas, ao longo da caminhada, acabam se afastando. O que acontece quando alguém abandona a fé? E o que realmente leva uma pessoa a essa decisão?

O livro de Hebreus nos dá um alerta sério sobre essa realidade. Está escrito: "Porque, se voluntariamente pecarmos, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários." (Hebreus 10:26-27). Essas palavras nos mostram que abandonar a fé não é uma simples escolha sem consequências. Quando nos afastamos, tornamos o sacrifício de Cristo sem efeito em nossa vida. Ele morreu para nos dar vida, mas, ao rejeitarmos esse presente, escolhemos permanecer na morte espiritual.

Muitos pensam que deixam a fé por causa dos desafios da vida, das lutas diárias ou das influências do mundo. No entanto, a raiz do afastamento geralmente está em algo mais profundo: a falta de um relacionamento verdadeiro com Deus. Há uma diferença enorme entre conhecer sobre Cristo e conhecê-Lo de fato. Quem apenas sabe sobre Ele pode até se emocionar, seguir alguns ensinamentos e até frequentar uma igreja, mas, no momento da provação, facilmente se desvia. Já quem conhece Cristo verdadeiramente experimenta o seu amor transformador e encontra forças para permanecer firme, mesmo em meio às adversidades (Filipenses 3:10).

Jesus nos chamou para um relacionamento, não para uma religião vazia. O apóstolo João escreveu: "Nós o amamos porque Ele nos amou primeiro." (1 João 4:19). Se alguém abandona a fé, pode ser porque nunca permitiu que o amor de Deus moldasse sua vida. Quando não experimentamos esse amor, a caminhada cristã se torna pesada, sem sentido e mecânica.

Mas se alguém percebe que se afastou da fé, há esperança. Deus nunca nos abandona. Ele sempre nos convida a voltar. A parábola do filho pródigo nos mostra que, mesmo quando nos distanciamos, o Pai permanece de braços abertos, esperando o nosso retorno (Lucas 15:11-32). O caminho de volta começa com arrependimento e com o reconhecimento de que, sem Deus, estamos perdidos (Atos 3:19). "Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração." (Jeremias 29:13). Se nos sentimos distantes, o primeiro passo é buscá-Lo novamente, com sinceridade. Ele é fiel para restaurar nossa fé e reacender a chama do primeiro amor (Apocalipse 2:4-5).

Abandonar a fé não é apenas um desvio de rota, mas uma rejeição ao sacrifício de Cristo. No entanto, enquanto ainda há vida, há esperança. Deus continua chamando seus filhos de volta, porque Ele é amor, e seu desejo não é perder nenhum daqueles que foram confiados a Ele (2 Pedro 3:9). Que possamos não apenas conhecer sobre Deus, mas conhecê-Lo verdadeiramente e permitir que seu amor transforme nossa vida por completo.

Oração

Pai Eterno, em nome de Jesus Cristo, peço que este texto alcance os corações daqueles que se afastaram de Ti. Senhor, que eles voltem ao Teu caminho, mantenham o foco em Ti e experimentem Teu amor transformador. Que, mesmo nas adversidades, encontrem conforto e paz em Teus braços. Que o sacrifício de Cristo continue vivo em nós, guiando-nos de volta ao Teu amor. Eu abençoo este leitor, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.


PASTOR GILMAR RIBEIRO